Notícia

10/11/2011

Negociação salarial da Copel: sindicatos farão denúncia no Ministério Público e na OIT contra diretora de Gestão Corporativa.

Em vídeo, empresa faz “terrorismo psicológico” sobre empregados e diretora faz insinuações sobre práticas negociais da própria empresa. Houve um tempo em que no Brasil não se negociava com trabalhadores.

Foi necessário uma pequena revolução no ABC Paulista no final dos anos 70 para que isso começasse a mudar. Hoje infelizmente há lideranças eleitas democraticamente em cuja equipe há pessoas que querem esvaziar a democracia que as alçou ao ponto em que estão.

Em meio ao processo de Acordo Coletivo de Trabalho para o período 2011/2012 da Copel surge a verdadeira face da negociação: na quinta feira, dia 03 de novembro, um vídeo chega aos empregados e é publicado na Internet. Nele, a Diretora de Gestão Corporativa Yara Eisenbach, diz aos trabalhadores que “o trabalho é mais produtivo quando as pessoas são felizes” e que a proposta que a empresa apresentou é final, ”séria” e diferente do visto em anos anteriores, nos quais ocorriam procedimentos que ela chamou de “barganhas” entre os sindicatos e diretorias anteriores, insinuando inclusive a existência de ”cartas na manga” no processo negocial. Acusações sérias, pesadas e que visam minar o movimento sindical, além de desqualificar a própria empresa perante a sociedade, o mercado e os próprios acionistas.

Esse vídeo chegou ao conhecimento do público em meio às assembleias para avaliação da proposta pelos trabalhadores. É importante que se diga que nas assembleias realizadas até a divulgação do vídeo, a resposta geral era a rejeição da proposta da empresa. Após a intervenção da diretora, verificou-se um aumento na aceitação dos termos da empresa, inclusive com a aprovação por algumas entidades sindicais. Outra constatação interessante é que o vídeo foi veiculado após a aprovação da proposta pelos sindicatos ditos diferenciados, que inicialmente participaram das negociações em conjunto com os sindicatos majoritários.

A estratégia percebida ao longo de toda a condução do ACT foi  a da dissensão, da provocação e da confusão pelo cansaço: desde o início, com a demora em marcar as negociações; na falta de dados claros e de argumentos por parte da empresa ao negar a maior parte das reivindicações dos empregados; e agora na intimidação dos trabalhadores, por meio de terrorismo verbal via internet, com uma diretora se prestando ao papel de denegrir entidades legítimas de representação dos empregados e até mesmo a própria empresa.

A atitude demonstrada não é isolada: prova disso são as muitas demissões sem justa causa na Copel; é o fato de que, cada vez mais, questões pessoais surgem no relacionamento entre empresa e empregados; é que a distancia se acentua, com uma diretoria que recusa o diálogo.  

A proposta dita “final e séria” da empresa baseia-se em aumentos já aplicados nos salários dos empregados em virtude de um Plano de Cargos implantado neste ano. A realidade é que estes aumentos são ajustes há muito tempo necessários para adequação ao mercado, suprindo defasagens existentes na folha, e não representa aumento real; este é o entendimento dos sindicatos, do Dieese e da maioria dos eletricitários que disseram não ao que empresa propôs.

Os sindicatos representativos dos empregados da Copel estão, neste momento, lutando por mais qualidade para os trabalhadores, por bons serviços à sociedade e, principalmente, pela manutenção da democracia. As atitudes da diretoria serão alvo de denúncia junto ao Ministério Público do Trabalho e de representação formal na OIT, Organização Internacional do Trabalho, além das medidas judiciais cabíveis.

 

Link para o vídeo:
 
Assinam:
 
Coletivo Sindical dos Empregados da Copel e Coletivo Sindical Majoritário dos Empregados da Copel
 
Sindelpar – Sindel – Sintec/PR – Senge/PR– Siemcel – Steem - Stiecp – Sindenel – Sindespar – Sintespar – Sinel - Sinefi

 

 

 

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